13 de novembro 2019

Sete mitos e verdades sobre diabetes e retinopatia diabética

Atualmente, mais de 13 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil. Devido a sua relevância no país e no mundo, a doença tem no calendário da Organização Mundial da Saúde (OMS) uma data comemorativa, o dia 14 de novembro, em atenção aos cuidados com as consequências de sua evolução – entre elas, a retinopatia diabética, doença que pode levar à cegueira e para a qual a informação é o primeiro passo para a contenção.

Por isso e oportunidade pelas divulgações em torno do Dia Mundial do Diabetes contamos com ajuda do médico oftalmologista Dr Octaviano Magalhães (CRM – SP 96249), para esclarecer alguns mitos e verdade sobre a doença:

1.    O diabetes tem cura. 

Mito. Tanto o diabetes tipo 1 quanto o tipo 2 ainda não têm cura, porque seus mecanismos de desenvolvimento ainda não estão bem definidos. Caracterizada por um problema metabólico, se o diabetes não for controlado, pode evoluir e comprometer oo funcionamento de outros orgãos, levando a sua falência.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, esta é uma doença que deve ter atenção de todas as famílias, pois é uma das principais causas de amputação, doença cardíaca, renal e morte prematura.

2.    O diabetes pode causar cegueira irreversível.

Verdade: Uma das complicações do diabetes para a saúde ocular é a retinopatia diabética, disfunção que afeta diretamente os pequenos vasos da retina. Os vasos podem extravasar ou entupir, desencadeando as dificuldades visuais.

3.    A retinopatia diabética é uma doença silenciosa.

Mito. Isso vai depender do organismo do paciente e do estágio da doença. Inicialmente, é possível embaçar a visão. Manchas, diminuição da visão central, dificuldade de distinguir cores e distorção das imagens, até a perda total da visão podem ser sintomas posteriores.

4.    Não há como prevenir a cegueira causada pela retinopatia diabética.

Mito. Controlar a glicemia, o sistema metabólico, a pressão arterial, as taxas de colesterol e triglicérides e realizar os exames de rotina periodicamente com o médico endocrinologista e o médico oftalmologista podem ser efetivos para prevenção da cegueira.

5.    A retinopatia diabética está associada ao tempo.

Mito. A retinopatia diabética está diretamente relacionada ao diabetes, o que independe da idade, embora possamos considerar que as suas consequências evoluam junto com o envelhecimento do indivíduo e o tempo que a pessoa é portadora da doença. 

6.    A retinopatia diabética só pode ser descoberta com exames específicos.

Verdade. Para identificar a presença da doença é necessária a realização de um exame chamado mapeamento de retina, que consegue visualizar o estado geral da retina e o fluxo sanguíneo. Sua realização deve ser feita a cada seis meses, especialmente em pessoas diabéticas. 

7.    Existe tratamento para controlar a evolução da retinopatia diabética.

Verdade. O tratamento compreende primeiramente o controle da doença sistêmica, ou seja, do próprio diabetes por meio da monitoração da glicemia com apoio de medicamentos contínuos e hábitos de vida saudáveis (alimentação e atividade física). Em paralelo, é importante a consulta regular com o médico oftalmologista para prescrição de medicações específicas de controle da retinopatia diabética, como injeções de medicações intravítreo à base de dexametazona, anti-VEGF, fotocoagulação a laser e cirurgia. 


Saiba mais sobre diabetes e retinopatia diabética

Em nosso canal do Youtube, dispomos de um vídeo explicativo sobre qual é a relação existente entre o diabetes e a retinopatia diabética, quais são as opções de tratamento para controle da doença e quais medidas devemos adotar para uma vida ocular mais saudável. Para conferir o vídeo, clique aqui.

Se você quiser se aprofundar um pouco mais no tema, nós também elaboramos uma playlist especial sobre retinopatia diabética. Para assistir, clique aqui.


O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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