Comemorado no próximo dia 14 de novembro, o Dia Mundial do Diabetes traz como principais bandeiras a importância da conscientização sobre os sintomas da doença e suas consequências em médio e longo prazo com prejuízos importantes para diversas funções das pessoas – entre elas, a visão.
O diabetes é uma doença caracterizada pela deficiência de produção de insulina e/ou da incapacidade da função insulina no pâncreas, causando o aumento da quantidade de glicose (açúcar) no sangue, o que pode provocar danos em diversos órgãos em função do comprometimento da circulação sanguínea, incluindo rins, olhos e coração.
O diabetes não é contagioso, porém tem propensão genética e é multifatorial, ou seja, assim como outras síndromes metabólicas ele também pode estar associado a outros fatores, tais como obesidade, sedentarismo, tabagismo, estresse, falta de sono e alimentação inadequada. Existem dois tipos de diabetes, sendo:
Ambas não têm cura para o problema, mas é sempre possível controlar seguindo as orientações dos especialistas.
Pessoas diabéticas devem redobrar atenção com a saúde ocular, especialmente pela propensão de desenvolverem a retinopatia diabética, lesão que ocorre na retina – membrana da camada mais interna do olho que tem a função de transformar as imagens que enxergamos em estímulo nervoso (impulsos elétricos) e enviá-las ao nosso cérebro.
Em sua fase inicial, a retinopatia diabética não apresenta sintomas (assintomática) e se não for tratada a tempo, os vasos sanguíneos podem se romper, causando hemorragia e descolamento da retina, com cegueira irreversível.
“A retinopatia diabética é a debilidade da função dos vasos sanguíneos da retina e o principal fator de perda de acuidade visual. Todo paciente diabético deve manter o controle dos níveis de glicose, colesterol e pressão arterial, como principais ações preventivas, até porque a retinopatia diabética é uma doença silenciosa”, diz o oftalmologista Arnaldo Bordon, Secretário da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo e representante da SBRV na Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
“Quando a retina não consegue processar as imagens, o paciente pode perder a visão total ou noturna, tem reduzido o seu campo visual periférico e dificuldade em focar objetos e diferenciar as cores. Pode apresentar ainda visão dupla, embaçada e pontos negros periféricos”, explica o especialista.
Uma das formas de diagnóstico da retinopatia em pacientes diabéticos é o exame de fundo de olho e o mapeamento da retina, com seguimento regular com um oftalmologista especialista em retina. O mais indicado é realizar exames a cada 6 meses.
Para melhor compreensão sobre o diabetes e a retinopatia diabética, produzimos um infográfico (clique aqui para ver) e um vídeo (clique aqui para ver) rico em informações. E não se esqueça: o acompanhamento profissional é fundamental para prevenção, diagnóstico e controle de ambas as doenças.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.