Dia Mundial da Saúde Ocular: saiba como evitar a cegueira causada pela retinopatia diabética

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Já dizia Leonardo da Vinci: “Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo” e, por isso, na temática das celebrações do Dia Mundial da Saúde Ocular (10/07), vale ampliar o campo de visão e de conhecimento sobre um dos mais importantes órgãos do corpo humano: os olhos.

Entre outras doenças que podem prejudicar a visão o diabetes tem fator preponderante. Ele atinge cerca de 400 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 13 milhões no Brasil, tendo como uma de suas consequências a retinopatia diabética

A retinopatia diabética acomete, em média, 10% da população diabética e tem progressão constante, afetando potencialmente a oxigenação dos vasos sanguíneos nas camadas internas da retina que abrigam a mácula – região rica em fotorreceptores, tornando-os mais permeáveis e sensíveis. Com isso, ocorre um acúmulo de material anormal nesses vasos que dificultam a passagem do sangue e causam microaneurismas e inchaço da mácula, também conhecido como edema macular diabético (EMD), que pode causar cegueira irreversível. Para você entender melhor a importância da retina, ela é uma das principais estruturas do olho humano, responsável por transformar a imagem em mensagem para o cérebro. 

Os sintomas da retinopatia diabética se iniciam com visão embaçada, que pode se estender para manchas, como se fossem “moscas volantes”. Em sua evolução, surgem linhas escuras, sensação de pressão nos olhos, dificuldade ou perda de visão periférica, até a perda total da visão.  

Segundo o oftalmologista Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello Filho (CRM-SP 94.747), entre as medidas preventivas para o paciente, deve-se manter o controle da doença sistêmica (o diabetes) e visitar regularmente o oftalmologista para o mapeamento periódico da retina. “Como não existem sintomas iniciais claros, como dor, irritação, secreção ou vermelhidão nos olhos, o paciente vai perdendo a visão progressivamente sem perceber, por isso o diagnóstico precoce é imprescindível”, ressalta o médico. 

Atualmente, os principais métodos de tratamento para a doença são a fotocoagulação por raio laser e o tratamento de liberação intravítrea de dexametasona, um tipo de corticoide que atua no processo inflamatório da retinopatia. 

Este último funciona à base de uma composição biodegradável de dexametasona. A medicação implantada dentro do olho dilui-se gradativamente ao longo de quatro meses, quando então precisa ser repetida para a continuidade dos resultados. “É indicado para os pacientes que não respondem a outros tratamentos e apresenta efeitos cumulativos a cada aplicação, sendo uma alternativa de baixo risco de efeitos colaterais”, explica o oftalmologista Paulo Mello Filho.

O implante intravítreo com dexametasona é o único aprovado pela ANVISA como tratamento intraocular para a retinopatia diabética, e inserido no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para a cobertura pelas operadoras de planos de saúde.

Independente de haver sinais ou não, o cuidado com a saúde ocular deve ser regular. Consulte o oftalmologista e tire todas as suas dúvidas.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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Saiba como prevenir o descolamento de retina

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A adoção de hábitos saudáveis é, sem dúvida, uma grande aliada na prevenção de doenças oculares, mas algumas complicações podem ocorrer mesmo quando adotamos todos os cuidados. O descolamento de retina é uma delas.

Para entender como ocorre, é importante conhecer a sua anatomia e função. Caracterizada por uma membrana bastante fina, delicada e flexível que reveste a superfície interna do globo ocular, ela é responsável por converter a imagem luminosa externa para o cérebro e nos fazer enxergar. Esta camada só consegue se manter em sua posição adequada graças ao poder de adesão do vítreo entre a retina e a parede ocular.

Dr. Odinei Fior (CRM RS-21.542), oftalmologista de Porto Alegre, explica que o descolamento da retina ocorre quando essa fina estrutura se desprende do globo ocular e pode levar à cegueira.

No entanto, este processo não ocorre sozinho. Geralmente, a retina se descola por conta da infiltração de líquido entre o globo ocular e a própria retina; ou por aderência ao vítreo, que puxa a retina; ou até mesmo como consequência de tumores e doenças inflamatórias, que levam ao acúmulo de líquido sob a retina.

De modo geral, os fatores de risco estão atrelados à idade (pessoas a partir dos 40 anos), glaucoma, trauma ocular, genética, degeneração do vítreo, alto grau de miopia, pós-cirúrgico dos olhos para outras doenças, inflamações oculares, entre outros.

Pacientes com estes fatores de risco devem ser monitorados de perto pelo oftalmologista para tratamentos preventivos, como a realização de fotocoagulação a laser. Em caso de descolamento da retina, é importante que a pessoa se dirija com urgência ao atendimento oftalmológico.

Dr. Odinei conta que até 2% da população adulta pode apresentar descolamento da retina, mesmo que esteja fora do grupo de risco, e alerta para os sintomas indicativos do problema: “Ao notar flashes, visão turva e embaçada, ‘moscas volantes’ e sombra na visão, não hesite em agendar consulta com o oftalmologista”.

Ele também orienta não coçar os olhos, pois a fricção pode provocar o descolamento suscetíveis ao problema. Para quem apresenta muita irritação ocular, é indicado utilizar colírios, sob prescrição médica, que aliviem a necessidade de coçar os olhos.

Não brinque com a sua visão. Mantenha seus exames em dia e acompanhe de perto a sua saúde ocular.

O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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Entenda tudo sobre retinopatia diabética, doença ocular que pode desencadear cegueira

A retinopatia diabética é uma das doenças que pode levar à perda de visão e acomete pessoas já portadoras de diabetes. Assista ao vídeo e veja as orientações do Dr. Paulo Mello Filho, oftalmologista.

Abril Marrom alerta para a prevenção e tratamento de doenças que podem causar cegueira

Abril Marrom é o nome da nova campanha que vem se consolidando no calendário de temáticas de saúde […]

Abril Marrom é o nome da nova campanha que vem se consolidando no calendário de temáticas de saúde para a conscientização sobre doenças que causam a cegueira, problema que atinge atualmente cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil. Considerando que 80% dos casos de cegueira são evitáveis e/ou tratáveis, significa que quase 700 mil brasileiros cegos poderiam estar enxergando caso tivessem sido tratados a tempo. E mais: estas ocorrências poderiam ser evitadas se a população consultasse um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano.

Dr. Paulo Mello Filho, Doutor em Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), fala sobre a importância da campanha para conscientização: “Ter informações a respeito das doenças que podem levar à cegueira é o primeiro passo para a população adotar medidas preventivas e de atenção para a busca de diagnóstico e tratamentos adequados”.

A catarata, retinopatia diabética e glaucoma são algumas das doenças que podem levar à cegueira e são bastante frequentes no cotidiano da população, mas bastante negligenciadas devido à falta de conhecimento sobre as suas consequências em longo prazo. Entenda cada uma delas:

Catarata – Doença caracterizada pela perda de transparência (opacidade) do cristalino (lente localizada atrás da íris), a catarata pode ser classificada como secundária ou senil. A primeira pode estar relacionada a inúmeros fatores, tanto oculares quanto problemas sistêmicos; a segunda ocorre devido ao envelhecimento natural do cristalino. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 85% das cataratas são classificadas como senis, com maior acometimento na população acima de 50 anos.

Por se tratar de uma doença progressiva, somente a facectomia (cirurgia de substituição do cristalino) gera resultados efetivos e definitivos para a recuperação da visão.

Ao notar qualquer sinal de embaçamento na visão, dificuldade para dirigir à noite por conta do brilho dos faróis, visão com feixes de luz e sensação de melhora da visão ao aproximar os objetos, com piora logo em seguida, é necessário buscar ajuda do oftalmologista.

Retinopatia Diabética– De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença atinge mais de 13 milhões de brasileiros. Se não for tratada corretamente, pode interferir diretamente na função dos vasos sanguíneos que levam sangue e oxigênio para as células da retina, desencadeando a retinopatia diabética, com evolução para a cegueira.

Trata-se de uma doença assintomática no início, ou seja, que não apresenta sintomas. Porém, em estágio avançado, surgem alterações visuais súbitas e indolores. Para não ter de chegar a este estágio, é importante que os portadores de diabetes visitem regularmente o oftalmologista para realizar o mapeamento de retina, além de manter o diabetes sob controle.

O tratamento para retinopatia diabética, junto com o controle do diabetes, impede sua evolução, tornando o diagnóstico precoce fundamental para impedir a perda de visão.

Os tratamentos são compostos por medicamentos ou procedimentos cirúrgicos. A terapia mais recente e inovadora no momento é a aplicação injetável intravitreo de dexametasona, recentemente incluída no ROL da ANS.

Glaucoma – É caracterizado por danos no nervo ótico que podem levar à perda total de visão devido ao aumento da pressão intraocular (PIO). Como o nervo ótico é o responsável por levar as informações que vemos ao cérebro, qualquer dano nessa região pode interferir na qualidade da visão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 1 a 2% da população acima de 40 anos é portadora de algum tipo de glaucoma, que causa cegueira irreversível.

O especialista reforça que o “Abril Marrom” é essencial para a população entender a importância da consulta com o oftalmologista: “A regularidade nas consultas é o modo de prevenção mais efetivo, assim como o compromisso com o tratamento quando uma doença é diagnosticada”.


O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.

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