26 de maio 2019

Glaucoma: importância da adesão ao tratamento

Mais de 60 milhões¹ de pessoas ao redor do mundo são afetadas pelo glaucoma, doença ocular multifatorial em que ocorre dano ao nervo óptico e perda progressiva e irreversível da visão. Algumas situações aumentam a chance de uma pessoa apresentar a doença: aumento da pressão intraocular (PIO), idade mais avançada (a partir de 40 anos), histórico de glaucoma na família entre outras. 

Por dentro do GLAUCOMA²

O que é? Doença ocular em que ocorre dano ao nervo óptico, responsável por levar as informações que vemos ao cérebro, que em evolução sem o tratamento, leva à perda irreversível da visão.  

Tipos de glaucoma?

Glaucoma primário de ângulo aberto: conhecido também como glaucoma crônico simples, este tipo acomete até 80% dos portadores de glaucoma e pode ser hereditário. Neste caso, a doença começa a dar sinais lentamente, de forma que o aumento da PIO e a perda do campo visual ocorram sem que o paciente perceba que está perdendo a visão.

Glaucoma congênito: ocorre durante a gestação em que a criança deve ser tratada imediatamente ao nascimento. 

Glaucoma de ângulo fechado: neste caso o aumento da pressão intraocular ocorre súbita e rapidamente, desencadeando forte dor em um olho, vermelhidão, olhos inchados e visão diminuída ou embaçada. O atendimento médico deve ser imediato.

Glaucoma secundário:surge a partir de outras situações que interferem na drenagem do olho, tais como doenças inflamatórias, catarata avançada, uso de medicamentos (principalmente colírios) que contêm corticosteroides, entre outras.

Sintomas? Na maioria das vezes é assintomática no início, ou seja, não apresenta sintomas. O portador de glaucoma só percebe em estágio avançado por conta da redução da visão periférica. Por isso, a melhor forma de prevenção é o acompanhamento com o médico oftalmologista, anualmente, para exames de rotina que detectem lesões no nervo óptico e aumento da pressão intraocular.

O tratamento tem, como principal objetivo, estabilizar a doença. Isso é feito através da redução da pressão intraocular, geralmente com o uso de colírios hipotensores, procedimentos a laser ou cirurgias também podem ser necessários, conforme recomendação médica.

Diferentes colírios podem ser combinados para que se obtenha o máximo possível de redução da pressão. A adição de medicamentos aumenta a chance de controle do glaucoma, embora possa tornar o tratamento um pouco mais difícil, por elevar o número de gotas de colírio a serem instiladas a cada dia.

Não seguir o tratamento de forma correta pode fazer com que a doença continue avançando, isso também pode acontecer em casos já avançados da doença e quando a pressão intraocular não é reduzida de maneira suficiente.

Segundo a médica oftalmologista, presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), Doutora Wilma Lelis (CRM 69998-SP), as falhas na adesão ao tratamento vão desde pacientes que fazem uso do colírio menos vezes que a quantidade indicada no dia, desobedecendo aos intervalos de tempo necessário, aplicação incorreta, esquecimento do uso da medicação no horário correto ou abandono do tratamento.   

“Muitos pacientes passam a aderir ao tratamento e ao acompanhamento regular após perderem a visão de um olho. Este triste fato desperta a percepção da relevância do tratamento correto. Como a doença também é predominante na terceira idade, estes complicadores se acentuam pelo uso comum de mais medicamentos ao longo do dia para outras doenças, bem como por possíveis dificuldades de coordenação motora para depositar o medicamento”, relata Dra. Wilma.

A médica ressalta que é preciso lembrar que o glaucoma pode surgir na juventude e no início da vida adulta, por isso, em todas as consultas com o oftalmologista é necessário perguntar como está a pressão dos olhos e o nervo óptico.

¹Sociedade Brasileira de Oftalmologia: http://www.sboportal.org.br/imprensa_descr.aspx?id=2 (acessado em 15/05/2019)

²Informações sobre a doença: www.visaoemdia.com.br

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