Irritação ocular, vermelhidão, sintomas de olho seco, ardência e lacrimejamento excessivo. Estes sintomas podem ser característicos de diversas doenças oculares e hoje nós falaremos sobre a blefarite. Ela é um tipo de inflamação que pode ocorrer nas pálpebras e desencadear os sinais listados anteriormente, somado ao aparecimento de “caspas” nos cílios.
Dr. Hamilton Moreira (CRM-PR 9388), médico oftalmologista, esclarece que a blefarite não é contagiosa e que alguns fatores podem facilitar o seu surgimento, tais como alergia a determinados medicamentos, dermatites (grupo de doenças que causa inflamações na pele), rosácea, pele oleosa, seborreia, alergia a maquiagem e até mesmo estresse. “Ela ocorre em função de diversos fatores relacionados, não um fator isolado”, explica o especialista.
Por estar comumente relacionada a problemas de pele, hábitos de higiene podem ser adotados e/ou melhorados a fim de controlar os sintomas da doença. “Ainda não existe cura, mas hoje há opções eficientes e específicas de medicamentos e procedimentos para auxiliar na qualidade de vida do paciente”, conta Dr. Hamilton.
Os principais tratamentos para blefarite, com orientação do médico oftalmologista, são:
1. Hábitos de higiene: Fazer a higiene correta das pálpebras previne infecções e inflamações. Para isso, é importante lavar o rosto diariamente e manter os olhos limpos com o auxílio de produtos específicos e indicados pelo médico oftalmologista.
2. Medicamentos: Além de colírios anti-inflamatórios e antibióticos, o médico também pode recomendar o uso de pomada específica.
Além das alternativas acima, o uso de lubrificante ocular pode ser benéfico no controle dos sintomas: “As lágrimas artificiais colaboram aliviando os sintomas, por isso podem ser usadas regularmente”, acrescenta o médico oftalmologista.
Dr. Hamilton aproveita para reforçar a importância do tratamento: “Pode parecer uma doença ocular simples, mas a blefarite deve ser tratada com seriedade. A falta de cuidados pode facilitar o aparecimento de complicações, como úlcera da córnea e até mesmo prejudicar a visão. Consultar o seu médico oftalmologista e ter conhecimento das opções é extremamente importante”.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.